Projeto EMPREENDER COLABORAR TRANSFORMAR

Existe um movimento crescente de pessoas que se dedica à resolução de problemas da sociedade através de iniciativas inovadoras, sustentáveis e solidárias. Participar deste movimento é a proposta do Projeto “empreender COLABORAR TRANSFORMAR”. Incentivar os alunos da Escola Secundária de Miraflores a criar mais e melhor valor para a sociedade é o grande objetivo deste projeto.

Para atingir este objetivo inspiramo-nos nos inúmeros exemplos de empreendedorismo, nomeadamente o social, que nos entusiasmam e fazem acreditar num rumo verdadeiramente gratificante para o mundo em que vivemos.

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Economia solidária – um lugar para aprender a interdependência

imagem da net
“O termo economia solidária é utilizado para designar práticas muito diferentes como o comércio equitativo, a ética nas finanças, o microcrédito, o turismo solidário, a agricultura sustentável, as redes de troca de conhecimentos, os serviços de aproximação, as administrações de bairro, as diversas formas de empreendimentos coletivos. Esta diversidade dificulta a sua definição, contudo, se há alguma coisa que reúne essas práticas diferentes, é, certamente, a busca de uma nova ligação entre o económico e o social.

Com efeito, a economia solidária desloca a habitual noção de social, muitas vezes associada às necessidades de base da pessoa (saúde, alimentação, educação, habitação, etc), para uma dimensão mais existencial e integral, a da qualidade relacional da vida. Em todas as práticas da economia solidária, a proximidade e o tipo de ligação tecido através da atividade económica são as primeiras dimensões a ter em conta. Assim, o social não aparece como uma coação suplementar a adicionar à economia, mas antes como uma forma diferente de pensar o lugar e a finalidade da economia na sociedade. A economia aparece assim como um fator de mediação social e como um fator de construção da sociedade, mais do que como um meio de satisfação de necessidades e de enriquecimento pessoal. A dimensão social da economia solidária é de ordem “societária”: deriva sobretudo da maneira de viver juntos e de fazer sociedade. A economia solidária desloca assim a representação clássica da economia, do social e da sua articulação. Reencontra-se assim, através da economia solidária, a conceção e a função atribuídas à economia por Adam Smith: uma economia não pode ser entendida fora de outros domínios da vida em sociedade: serve para tecer laços ainda antes de satisfazer necessidades.

Esta representação da ligação entre o económico e o social, veiculada pela economia solidária, traduz-se numa espécie de inversão das relações clássicas entre atores económicos. Ali onde a finalidade era sobretudo determinada pela independência e pela maximização do interesse individual de cada ator, observa-se mais uma busca de interdependência e de pertença comum. É assim que o consumidor vai procurar, mais do que o produto menos caro, aquele que permite a um pequeno produtor não ser excluído do mercado. É o caso do Comércio Justo e da Agricultura Local Sustentável (ou associações para o Desenvolvimento Rural Sustentável). No comércio justo, o consumidor escolhe o bem, não só em função da sua qualidade e do seu preço, mas também em função da qualidade de vida e da remuneração que esse bem garante ao produtor. A sua escolha não se faz apenas em função dos seus interesses, mas em função dos do produtor. Na Agricultura Local Sustentável, o consumidor escolhe o seu bem porque este é produzido localmente por produtores com quem pode travar conhecimento. Por este meio, estabelece uma parceria com produtores e com outros consumidores, o que permitirá igualmente criar laços de proximidade.

(…)

Aquilo que é descrito a nível do comércio também se pode encontrar a nível das finanças solidárias, em que quem tenta fazer poupanças tenta colocar o seu dinheiro não só em função do juro obtido, mas também e sobretudo em função da forma como as suas poupanças são utilizadas.

(…)

Mediante estes exemplos, percebe-se por que razão a economia solidária constitui uma forma diferente de pensar a ligação entre o económico e o social: os atos de consumo ou de poupança considerados como atos “políticos” mostram que a economia não é um meio de prover as necessidades de cada um, mas sobretudo uma forma de construir a sociedade.

(…)

O homoeconomicus transforma-se, assim, num verdadeiro ator social, num passador de sentido e num passador de vida.

Elena Lasida, O sentido do outro

Objetivos do milénio - O QUE PODEMOS FAZER

O texto e as imagens que se seguem são do site  http://www.objetivosdomilenio.org.br/objetivos/ 
Não deixem de o visitar.

Objetivos do milénio - Sugestões de ações


1.
Procurar informações sobre direitos e deveres dos cidadãos, para divulgá-los na comunidade e fiscalizar os órgãos competentes.
Atuar como capacitador voluntário, promovendo orientação profissional para os pequenos negócios do bairro.
Elaborar e distribuir material orientando sobre o que é uma boa alimentação.
Organizar e promover atividades de educação alimentar, visando o aproveitamento integral dos alimentos.
Aproveitar ao máximo os alimentos, cuidando de sua correta conservação, usando receitas alternativas e promovendo o não desperdício.
Fazer um Mural da Cidadania em escolas e locais públicos. Pesquisar e divulgar ofertas de trabalho, cursos de capacitação profissional e geração de renda e serviços à comunidade (saúde, documentos, previdência, bolsa-família, etc).
Formar um grupo de mães de alunos que ensinem o melhor aproveitamento dos alimentos, para evitar desperdícios. 
Fazer uma horta caseira e incentivar os vizinhos e as escolas do bairro a fazerem o mesmo.
Sensibilizar supermercados, restaurantes e quitandas para o não desperdício, informando-os sobre locais para onde podem ser encaminhados os alimentos excedentes.
Valorizar o desenvolvimento local, comprando e promovendo o uso de produtos do comércio solidário.

2. 

Falar com os diretores das escolas e oferecer-se como voluntário, pois com certeza saberão aproveitar a sua disponibilidade.
Identificar os alunos que faltam muito às aulas e incentivá-los a voltar a freqüentar a escola.
Mostrar que atividades recreativas e desportivas também são educativas. Disciplina, respeito e cooperação podem ser reforçados nesses momentos.
Organizar ou participar de campanhas de doação de livros e de materiais didáticos para instituições e bibliotecas.
Fazer e manter uma biblioteca alegre e acolhedora, e mostrar que a leitura é um prazer.
Acolher e respeitar os alunos especiais, além de denunciar professores e escolas que não promovam a inclusão dos portadores de deficiências.
Identificar crianças fora da escola e encaminhá-las para o ensino.
Fazer o acompanhamento de uma criança incentivando-a e monitorando seu desempenho.
Organizar aulas de reforço escolar para estudantes com dificuldades de aprendizagem.
Fazer um levantamento dos analfabetos em seu bairro e incentivá-los a freqüentar um curso de alfabetização.
Incentivar a criação e o trabalho voluntário em creches para crianças de 0 a 4 anos.

3.


Visitar a câmara municipal, entrevistar as vereadoras e conhecer suas propostas para ajudar as mulheres da sua cidade.
Divulgar que existem, nas grandes cidades, centros de atendimento para mulheres, onde elas podem denunciar a violência e ter um acompanhamento físico e psicológico.
Identificar e divulgar novas oportunidades de trabalho para mulheres.
Incentivar ações que estimulem as mulheres a buscar alternativas de geração de renda.
Educar filhos e filhas para que eles realizem, com igualdade, o trabalho do dia a dia em casa.
Não reproduzir expressões como “isso é coisa de mulher”, que sejam contra a dignidade da mulher ou que a coloquem em situação de inferioridade.
Denunciar casos de violência, abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.
Não empregar crianças, para não prejudicar seu desenvolvimento ou comprometer sua infância, e denunciar os casos conhecidos de trabalho infantil.
Não valorizar e não comprar produtos que explorem o corpo da mulher em sua comercialização, exigindo o cumprimento da regulamentação publicitária e fortalecendo o senso critico da sociedade.
Atuar em atividades em prol da melhoria da auto-estima das mulheres, promovendo a valorização e o respeito em todas as fases do seu ciclo de vida (infância, adolescência, gravidez, maternidade, velhice).
Encorajar as jovens para que busquem seu desenvolvimento socioeconõmico, por meio da educação e do trabalho.
Incentivar adolescentes mães a retomarem seu projeto de vida, combatendo qualquer situação que dificulte seu acesso às escolas públicas. 

4.
 
 Fazer campanhas para mostrar:
  • Como as vacinas protegem o bebê;
  • Como a higiene pode evitar algumas doenças;
  • Nutrição adequada para o bebê;
  • Importância do aleitamento materno.

5. 


Fazer campanhas sobre:
-Planeamento familiar.
-Prevenção do cancro de mama e de colo de útero.
-Gravidez de risco.
-A importância do exame pré-natal.
-Nutrição da mãe e aleitamento materno.
Não se automedicar e não receitar remédios para gestantes.
Propiciar um ambiente agradável, afetivo e pacífico às gestantes em casa, no trabalho, no dia a dia, dando prioridade a elas, cedendo a vez em filas, auxiliando-as em seu deslocamento e no carregamento de pacotes.
Presentear uma grávida em situação de desvantagem social com um enxoval para seu bebê.
Acompanhar uma gestante, garantindo a realização do pré-natal, oferecendo transporte para as consultas e facilitando a aquisição de medicamentos, quando necessário.
Divulgar informações sobre saúde para gestantes e articular palestras em Postos de Saúde, Centros Comunitários e instituições.
Participar de iniciativas comunitárias voltadas para a melhoria da saúde materna e o atendimento à gestante (pré-natal e pós-parto).
Incentivar o debate entre a universidade, a escola e a comunidade.
Reunir mulheres grávidas para troca de experiências.
Incentivar a educação para gestantes.

 6.


Fazer campanhas de informação, mobilização e prevenção à Sida e de outras doenças epidémicas.
Divulgar informações sobre todas as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), na comunidade. Orientar sobre sintomas e busca de tratamento médico.
Fazer levantamento sobre os serviços disponíveis – remédios, postos de saúde, centros de atendimento.
Cuidar de nossa higiene, e incentivar e orientar que outros façam o mesmo.
Usar preservativo, exigir sangue testado e não compartilhar seringas e agulhas, prevenindo-se do HIV.
Procurar um posto de saúde ao identificar manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, dormentes na pele. Hanseníase tem cura.
Doar sangue periodicamente aos hemocentros e estimular que outras pessoas o façam.
Não deixar acumular água em plantas, vasos, calhas, pneus, vidros e outros recipientes, evitando que surjam focos do mosquito transmissor da dengue em casa, na rua, no bairro.

Encaminhar as pessoas com febre e tosse persistentes ao serviço de saúde, além de orientar os portadores de tuberculose para que façam o tratamento completo – mesmo que não apresentem mais os sintomas da doença.

Sensibilizar familiares e amigos a não estimularem o consumo de bebida alcoólica por crianças e adolescentes, contribuindo para prevenir o alcoolismo e suas consequências.

Identificar, na família e na comunidade, pessoas que fazem uso abusivo de álcool, encaminhando-as aos serviços de saúde para tratamento médico e apoio psicossocial.

Incentivar o debate entre a universidade, as escolas e a comunidade para atingir mais amplamente esse objetivo.


7.
 
Fazer campanhas de uso racional de água e energia.
Plantar árvores nas ruas é muito importante, porém é preciso pedir licença à prefeitura e aos moradores.
Implementar a coleta seletiva nas escolas, no condomínio ou no bairro e divulgar o benefício de produtos biodegradáveis ou recicláveis.
Realizar mutirões de limpeza e rearborização de praças, rios e lagos.
Contribuir com a limpeza da cidade, praticando ações simples como não acumular lixo em casa, ruas, terrenos, praias, rios e mares. Não jogar lixo pela janela.
Não fumar em ambientes públicos fechados.
Utilizar a água que sobrou da chaleira, do cozimento de ovos e da lavagem de vegetais para aguar plantas. Armazenar água da chuva, em recipientes fechados, para lavar carros e calçadas, economizando água – recurso natural limitado – nas ações cotidianas.
Diminuir o uso de energia elétrica entre 6 e 9 horas da noite. Desligar aparelhos que não estão sendo usados, economizando e evitando a falta de energia elétrica.
Economizar papel. Imprimir apenas documentos importantes e procurar usar os dois lados da folha. O verso de uma folha pode ser usado como rascunho, bloco de recados ou para os desenhos das crianças.
Participar de ações de preservação e defesa de rios e mares.
Participar de projetos sociais para construção de cisternas e casas com esgotamento sanitário para famílias de baixa renda, em áreas urbanas ou rurais.
Incentivar o uso de sacolas reutilizáveis para compras.
Incentivar o uso de produtos feitos com material reciclado.

8.

Escolher temas de interesse comum e promover encontros entre a escola, a comunidade e organizações sociais – é fundamental continuar aprendendo coisas novas sempre.
Divulgar o que já está sendo feito pela comunidade, no jornal da escola, do condomínio ou do bairro– nada melhor do que compartilhar experiências.
Convidar amigos, vizinhos, empresas e instituições a participarem. Enquanto o seu grupo faz uma ação, muitos outros também estão fazendo a sua parte. O sucesso de um projeto de voluntariado depende das pessoas envolvidas e das parcerias realizadas.
Não votar em candidatos que ofereçam, em troca de votos, favores como emprego, dinheiro, cestas básicas, consultas médicas etc.
Fiscalizar a atuação dos políticos, exigindo que eles cumpram as promessas de campanha.
Participar de discussões e projetos em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), incentivando o engajamento de outras pessoas, organizações e empresas.
Formar parcerias com setor público, empresas, associações e conselhos, a fim de resolver os problemas mais relevantes do bairro.
Promover ações voluntárias na comunidade, contribuindo para o desenvolvimento urbano e para o alcance dos Objetivos do Milênio.


OBJETIVOS DO MILÉNIO



 Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população com renda inferior a um dólar por dia e a proporção da população que sofre de fome.  
  Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, tenham recebido educação de qualidade e concluído o ensino básico.


 Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino em todos os níveis de ensino, no mais tardar até 2015. 

Reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos.



Reduzir em três quartos, até 2015, a taxa de mortalidade materna. Deter o crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo de útero.

Até 2015, ter detido a propagação do HIV/Aids e garantido o acesso universal ao tratamento. Deter a incidência da malária, da tuberculose e eliminar a hanseníase.


 Promover o desenvolvimento sustentável, reduzir a perda de diversidade biológica e reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso a água potável e esgotamento sanitário.

Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro não discriminatório. Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento. Formular e executar estratégias que ofereçam aos jovens um trabalho digno e produtivo. Tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial de informação e de comunicações.





Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas - ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milénio – ODM, que deveriam ser atingidos por todos os países até 2015.
Alguns dos objectivos do milénio, nomeadamente o primeiro, parecem ser, cada vez mais, metas inalcançáveis. O cenário ameaçador que se nos depara torna ainda mais negras as sombras que cobrem o futuro. Crise financeira, desigualdades, doenças, ausência de educação, crime, guerra, fuga de cérebros, narcotráfico, prostituição, xenofobia de raça, nação e classe. No entanto… Vislumbramos, também, muitos sinais de que algo de novo desponta para um acordar e rever percursos. Se vivemos uma crise profunda algo se esgotou. Se chegamos a um beco, consciencializamo-nos de que é a altura de arrepiar caminho e encontrar outros: novas formas de organização económica e social, modelos de desenvolvimento alternativo. Porque,“nós criamos o mundo de acordo com a nossa vontade."
Acreditamos que a cada dia se torna maior o número de pessoas que encontram formas de mudar perspectivas obsoletas e reconfigurarão rapidamente predisposições ultrapassadas. Queremos engrossar este número.

Um mundo melhor começa na imaginação


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“O mundo em que vivemos está a mudar cada vez mais depressa. E isto é particularmente verdade nos setores do desenvolvimento económico e tecnológico.
(…)
Ao atual ritmo de mudança, é crucial que nós, cidadãos individuais, tenhamos uma ideia clara do rumo que queremos dar ao mundo. Se esperamos encontrar e permanecer no caminho certo, é necessário que cheguemos a um acordo sobre as características do mundo que queremos construir. E temos de pensar com ambição, com a maior ambição que pudermos imaginar – caso contrário, desperdiçaremos esta oportunidade única que o mundo nos oferece. Imaginemos os sonhos mais fantásticos e corramos atrás deles.
Eis a lista perfeita do mundo de sonho que eu gostaria que se realizasse até 2050. Estes são os meus sonhos e espero que muitos deles coincidam com os vossos. Tenho a certeza que gostaria tanto de alguns sonhos da vossa lista que os juntaria também à minha. Aqui está a minha lista:

·     -   Não haverá mais pessoas pobres, mendigos, sem-abrigo, crianças de rua em nenhum lugar do mundo. Cada país terá o seu museu da pobreza. O museu da pobreza global ficará localizado no último país a erradicar a pobreza.

·      -  Não existirão passaportes e vistos em nenhuma parte do mundo. Todos os cidadãos terão o mesmo estatuto e serão realmente globais.

·       - Não haverá guerra, nem preparação para a guerra. Não existirão armas nucleares, nem quaisquer outras armas de destruição maciça.

·        -Todas as doenças serão curáveis, do cancro à sida, em todo o mundo. A doença será um fenómeno raro sujeito a tratamento imediato e eficaz.

·       - Estará implementado um sistema de ensino global, acessível a todos. Todas as crianças serão ensinadas a aprender e a crescer com alegria. Todas as crianças serão educadas para se transformarem em adultos altruístas e com compaixão, acreditando que o desenvolvimento dos outros deve ser consistente com o seu próprio desenvolvimento.

·        -O sistema económico global encorajará as pessoas, as empresas e as instituições a partilharem a prosperidade e a participarem ativamente na criação da prosperidade dos outros, transformando a desigualdade de rendimento numa questão irrelevante.

·        -Os negócios sociais constituirão uma fatia substancial do mundo empresarial.

·        -Haverá apenas uma moeda única e global. Desaparecerão as moedas e as notas.

·       -Haverá tecnologia disponível para detetar e monotorizar, facilmente, contas e transações bancárias secretas de políticos, funcionários públicos, empresários, agentes de informação, organizações criminosas e grupos terroristas.

·        -Todas as pessoas do mundo terão acesso a todo o tipo de serviços sofisticados.

·        -Todas as pessoas comprometer-se-ão a manter um estilo de vida sustentável com base em tecnologias apropriadas. O sol, a água e o vento serão as principais fontes de energia.
(…)

Todos estes objetivos são alcançáveis se trabalharmos para eles. À medida que avançamos rumo ao futuro, acredito que será cada vez mais fácil aproximar-nos dos nossos sonhos. A parte difícil é abrir as nossas mentalidades. Quanto maior for o número de pessoas que concordar com estas metas, mais depressa será possível atingi-las. Tendemos a estar tão ocupados com o nosso trabalho do dia-a-dia e com os nossos tempos livres, que nos esquecemos de olhar pela janela das nossas vidas para confirmar em que etapa da viagem nos encontramos, ou aproveitarmos para refletir sobre o destino a que desejamos verdadeiramente chegar. No momento em que soubermos para onde queremos ir, chegar lá será muito mais fácil.
Cada um de nós devia elaborar uma lista de sonhos para refletirmos em que tipo de mundo queremos viver quando nos reformarmos. Feita a lista devemos pendura-la na parede para que possamos confirmar, todos os dias, se estamos mais perto do destino.
Em seguida, devíamos insistir com os condutores das nossas sociedades – os líderes políticas, os investigadores académicos – para nos levarem na direção que escolhemos. Lembrem-se de que só temos uma vida, que temos de a viver à nossa maneira e que só a nós cabe o nosso destino.
Este processo de imaginação de um mundo novo é um dos principais elementos em falta no atual sistema de ensino. Preparamos os nossos estudantes para o trabalho e para a carreira profissional, mas não os ensinamos a pensar enquanto indivíduos sobre o tipo de mundo que eles gostariam de construir. Devia ser obrigatório incluir uma disciplina dedicada a este exercício em todas as escolas e em todas as universidades. A cada estudante seria pedido que elaborasse uma lista de desejos e que a justificasse perante a classe. Os colegas de turma poderiam concordar com as ideias, sugerir alternativas ou pedir mais explicações. Todos passariam a debater qual a melhor forma de construir aquele mundo de sonho que tinham imaginado, como o poderiam tornar realidade, que obstáculos existiriam e que parcerias, organizações, conceitos, conjunturas e planos de ação poderiam ser criados para atingir o objetivo.”

Muhammad Yunus  Criar um mundo sem pobreza


Por uma economia solidária



Estamos a dizer que é possível outra economia e que é absolutamente necessária para o Séc. XXI que seja compatível com a vida. Uma economia solidária com as pessoas e solidária com a vida no planeta, com a natureza, com a diversidade cultural, com a diversidade do conhecimento não apenas o académico, mas também o conhecimento que advém do terreno”.
                                                                                              Rogério Roque Amaro