Projeto EMPREENDER COLABORAR TRANSFORMAR

Existe um movimento crescente de pessoas que se dedica à resolução de problemas da sociedade através de iniciativas inovadoras, sustentáveis e solidárias. Participar deste movimento é a proposta do Projeto “empreender COLABORAR TRANSFORMAR”. Incentivar os alunos da Escola Secundária de Miraflores a criar mais e melhor valor para a sociedade é o grande objetivo deste projeto.

Para atingir este objetivo inspiramo-nos nos inúmeros exemplos de empreendedorismo, nomeadamente o social, que nos entusiasmam e fazem acreditar num rumo verdadeiramente gratificante para o mundo em que vivemos.

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O lado positivo das crises


Um tempo de crise, um tempo de isolamento, um tempo de entreajuda também. É isso que nos mostram os portugueses e é isso que nos dá alento para acreditar que podemos iniciar um tempo novo.


 “Multiplicam-se fotografias de recados deixados aos vizinhos por pessoas que não estão em quarentena obrigatória onde é disponibilizada a possibilidade de ir às compras ou à farmácia. As mensagens são normalmente dirigidas à população de risco como idosos, pessoas com locomoção limitada ou doentes crónicos.” 

“O pior é ter tido a infelicidade de ter atravessado a vida sem naufrágios, é ter ficado à superfície das coisas, ter dançado no baile das sombras, ter patinhado no pântano do “diz que diz”, das aparências, e nunca ter sido precipitado numa outra dimensão. As crises, na sociedade em que vivemos, são realmente o que ela tem de melhor – mesmo correndo o risco de nos projetarem, sem estarmos preparados para isso – para entrarmos na outra dimensão.”

                                                                    O lado positivo das crises, Christianne Singer



E sim, as crises abrem-nos caminhos, rasgam cortinas que nos permitem um outro olhar. Reinventamo-nos, enfim. Aliás, podemos dizer como refere Christianne Singer no livro de onde retirámos o título do nosso post, que, como lhe contou um amigo antropólogo sobre o que lhe dissera um africano, “nós não temos crises, nós temos as iniciações”. Iniciar, quem sabe, um tempo novo em que a febre do consumo supérfluo desapareça, em que paremos para pensar naquilo que é verdadeiramente importante, em que nos reconectemos com o essencial, em que a consciência da nossa interligação nos leve a uma responsabilidade cada vez maior perante o mundo em que vivemos, em que possamos valorizar o recolhimento que é necessário na nossa vivência, em que vivamos com menos pressa e mais sentido. E sim, as iniciações são dolorosas, mas existem para nos evitar o pior.  




 

 

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